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22 janeiro 2019

Verificar Filigrana em Selos Postais

Filigrana é uma marca d’água impressa no papel do selo postal ainda durante o seu processo de fabricação. A mesma pode ser letras ou desenhos, ou ambos, e existe como medida de segurança contra falsificações, similar ao que existe em cédulas bancárias.
 
As vezes há selos de uma mesma série impressos com diferentes filigranas, e essa diferença é crucial para a correta identificação, classificação e cotação dos selos.
 
Algumas vezes ocorre de uma filigrana ser facilmente vista apenas observando o verso não impresso de um selo. Mas, frequentemente, na imensa maioria dos casos, isso não é possível.
 
Existem duas maneiras de se verificar a filigrana de um selo.
 
A PRIMEIRA, utilizamos o FILIGRANOSCÓPIO, que nada mais é que um pequeno recipiente de cor preta, de plástico ou vidro.
 



Colocamos o selo no filigranoscópio com o verso virado pra cima e pingamos algumas gotas de Benzina Retificada no mesmo, apenas o suficiente para saturar completamente o selo, e revelando assim a filigrana.



 
Na falta da benzina retificada (não serve a benzina comum!), por ser um produto de venda controlada e difícil de encontrar, podemos utilizar fluido de isqueiro, desses de lata, vendido em tabacarias. (Obs.: Não confunda com diluentes para pintura, como Thinner, ou Aguarrás, e não use álcool ou qualquer outro produto, sob pena de desbotar as cores e arruinar os selos).
 
Tanto a Benzina quanto o fluido de isqueiro evaporam em poucos instantes, e não prejudicam a GOMA dos selos novos.


 


Porém, é um método perigoso para alguns selos. Caso o filatelista entenda pouco de métodos de impressão de selos, e menos ainda de suas tintas, será preciso averiguar no catálogo se a emissão contém avisos sobre a utilização de benzina. O único catálogo que dá essa informação é o MICHEL (e este é mais uma razão pela qual o utilizo em minha coleção, em detrimento dos fraquíssimos Scott e Yvert et Tellier). Geralmente são selos modernos impressos em offset de má qualidade, ou selos antigos impressos em FOTOGRAVURA (RaTdr.) ou com tintas frágeis (feitas com anilina, ou como nos modernos, com dourados e prateados) que se desbotam, alteram ou desvanecem com líquidos (mesmo com água), ou em papéis nativos (fabricados localmente) muito frágeis. Porém há exceções.
 
Além disso, esses líquidos são derivados do petróleo, altamente inflamáveis, altamente voláteis e de utilização muito perigosa para a saúde. A inalação dos vapores tóxicos é altamente prejudicial, cancerígena, e a ingestão, mesmo em pequena quantidade, é FATAL.
 
Temos que considerar o fato de que CRIANÇAS também colecionam selos, e não lhes deve ser permitido manusear tais líquidos sob nenhuma hipótese, nem mesmo sob supervisão de um adulto.

Algumas grandes marcas de produtos filatélicos também comercializam fluidos para averiguação de filigranas que, dizem, ser mais seguros que a Benzina Retificada ou o fluido de isqueiro. De todo modo, são produtos importados, e seu preço é proibitivo (devido as altíssimas taxas de importação impostas pelo governo brasileiro), e não deixa de ser um produto químico perigoso.
 

A SEGUNDA maneira, que é segura, e que eu recomendo vivamente a todos que queiram ter o prazer de colecionar selos e ao mesmo tempo preservar a saúde, é utilizando um aparelho verificador de filigrana.   

O Leuchtturm Sherlock pode ser encontrado a venda com o amigo Nélio Oliveira, da Farol Alemão Coleções, o distribuidor oficial da Leuchtturm no Brasil. Ou direto pelo Whatsapp: (99) 98855-0000.

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