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31 janeiro 2016

Organizando a coleção: Parte 3 – O Estoque

Definição de «Estoque»: São os seus selos repetidos, ou aqueles que não vão entrar na coleção principal, e que estarão disponíveis para troca ou venda. Ou seja, aquele material que você quer se livrar. E as vezes ocorre de você possuir centenas de exemplares do mesmo item.

Para o armazenamento deste material, a solução é bastante simples e de baixo custo: Envelopes de glassine, ou papel cristal, facilmente encontrados nas boas casas filatélicas em diversos tamanhos:

 

Estes envelopes são especiais e um pouco mais caros que um envelope de papel comum, pois possuem uma camada de cera inerte que impede a absorção de qualquer umidade, e assim os selos podem ficar armazenados por muitos anos sem nenhuma alteração. Logo, é a MELHOR opção para os selos que não farão parte da coleção principal.

Mas não são caros: Um pacote com 100 custa em média de R$ 10 a R$ 15, dependendo do tamanho.

Os envelopes podem ser acondicionados na vertical em uma caixa de papelão acid-free, ou em caixas de plástico, SEMPRE COM TAMPA, também facilmente encontrado em boas e grandes papelarias e até supermercados, como na imagem abaixo. Evite usar caixas comuns, tais como as de sapatos para isso, já que estas são fabricadas em papelão ácido.

 

Dentro da caixa, você pode ainda colocar um saquinho de silica gel, para absorver umidade.

À medida que envelhecem, com o passar de muitos anos e se estiverem armazenados em local com muita umidade, ou em contato com caixas feitas em papelão ácido, estes envelopes de glassine alteram a sua cor, ficando marrons, como na imagem abaixo: É o fim de sua vida útil, hora de irem para o lixo, e substituí-los por envelopes novos. Mas este processo leva vários anos para ocorrer.

A PIOR opção é armazená-los em envelopes brancos comuns, e ainda muito pior são os envelopes comuns de papel pardo ou amarelo, ou coloridos com cores fortes, pois estes possuem corantes que interagem quimicamente com os selos, manchando-os e criando fungos (“ferrugem”). Já vi selos serem manchados irremediavelmente em apenas poucos meses dentro de envelopes pardos.

Os envelopes de glassine não são ideais apenas para filatelistas: Os mesmos são utilizados também por museus e arquivistas, e são tão bons a ponto de se poder armazenar diversos itens para preservação futura, como por exemplo, fotografias, negativos de fotografia, slides, cédulas, moedas, e qualquer item colecionável que seja delicado e que não possa interagir com umidade.

Lembre-se SEMPRE que o correto armazenamento dos seus itens de coleção garante a qualidade, longevidade e o valor dos mesmos. Itens fabricados em papel são suscetíveis a danos causados por contato prolongado com materiais químicos instáveis (inclusive outros tipos de papel), por isso os envelopes de glassine são perfeitos, pois possuem pH neutro, além de proteger o material das adversas condições externas, que inclui vapor, poeira, partículas de poluição atmosférica, e etc. Logo, investir nisso é essencial.

COMENTE!

30 janeiro 2016

Organizando a coleção: Parte 2 – O uso de CLASSIFICADORES

Como disse no artigo anterior, as opções para organizar a coleção são: Álbum e Classificador.

O álbum tem como vantagem o colecionador saber com seu simples manuseio quais são as peças que lhe faltam. No entanto tem a desvantagem de não haver espaços para variedades menores, erros de impressão, etc. Logo, são ideais para aqueles que coletam somente o selo-tipo, sem se importar com variedades menores. Ou seja, para usuários dos catálogos Yvert et Tellier e Scott, são bons.

No entanto, na minha coleção não entra apenas o selo-tipo. Variedades de picote, impressão, posição de filigranas, nuances de cores, diferentes papéis na mesma emissão, sobrecartas do século XIX, também me interessam. E por isso mesmo utilizo o catálogo MICHEL, que é na minha opinião muito mais completo do que o Scott, e infinitamente melhor do que o Yvert et Tellier.

Logo, a coleção em álbuns pode servir para você. Para mim, não serviu.

Passei a fazer o teste com os classificadores, transformando-os em “álbuns”, e colocando os selos na ordem cronológica de emissão. Estes existem de diversas marcas (nacionais e importadas), tamanhos, cores, modelos, etc.

Descobri que:

1) TAMANHO: Grande é o ideal, devido à existência de folhas e blocos enormes que não vão caber em classificadores pequenos.

2) COR DA CAPA: Geralmente existem as cores Preto, Vermelho, Azul, Verde e dependendo da marca, Marrom Tabaco. Todas as cores são muito bonitas, e pode-se optar por fazer cada país em uma cor de capa ou toda a coleção somente com a mesma cor, para padronizar, ou cada continente em uma cor... Fica a seu critério de gosto pessoal.

3) PÁGINAS BRANCAS OU PRETAS: Há vantagens e desvantagens nas cores das folhas internas.

a) Branco: Não realça os selos e seus picotes, mas tem a vantagem de suas tiras plásticas serem encaixadas dentro da página e caso o classificador crie ferrugem, será facilmente visível e é sinal de que chegou a hora de substituí-lo.

b) Preto: Realça os selos e seus picotes. Dá uma apresentação excelente. Tem a desvantagem de suas tiras plásticas serem coladas na página e em regiões de clima muito quente e seco, com o passar dos anos essas tiras podem começar a descolar.

Acabei optando pela cor preta.

4) FOLHAS INTERCALADORAS: Na maioria dos classificadores são de uma espécie de papel vegetal de baixa gramatura. Em outros, são de uma película plástica transparente chamada rhodoid. Sua utilidade é a de proteção dos selos contra a umidade e também para evitar que um selo fique encostando diretamente em outro quando o classificador está fechado. No caso das folhas de papel vegetal, quando ficam bastante amareladas e quebradiças, é sinal de que o classificador atingiu seu tempo de vida útil é faz-se mister sua substituição. Já o rhodoid, é feito de um material plástico (acetato) acid-free e inerte aos selos. Não sei dizer qual é a melhor opção.

5) NACIONAL OU IMPORTADO: Nunca vi classificadores nacionais que sejam de primeira qualidade. Estes são bons para armazenar selos repetidos, para venda, etc. Para coleção principal, jamais. Já os importados, que obviamente são mais caros, existem as boas marcas: Leuchtturm, Prinz, Lindner (alemãs), Yvert (francesa), Importa (holandesa), etc. Todas são de primeira linha, com papéis internos acid-free.

Optei pela Leuchtturm, por ser vendido em diversos locais no Brasil. As outras marcas são mais difíceis de comprar.

6) NÚMERO DE PÁGINAS: Existem classificadores com 16, 32 e 64 páginas.

O de 16 páginas me pareceu interessante para acomodar selos de países “pequenos”, ou seja, países que possuem poucas emissões e que já não emitem mais selos. (antigas colônias, “dead countries”). Por exemplo, para o país «Goldküste» (Costa do Ouro, Goldcoast), antiga colônia britânica na África (atual Ghana), o catálogo Michel dá 150 números principais e mais 8 para selos de taxas. Com as variedades este número deve duplicar, mas cabem perfeitamente em 16 páginas.

O de 32 páginas me parece o ideal para os países “grandes”. Nem fino demais, nem grosso demais, possui uma lombada quadrada com bom tamanho para etiqueta de identificação, e dá uma ótima apresentação aos selos.

O de 64 páginas pareceu interessante para acomodar os “países grandes”, ou seja, aqueles que emitem selos desde o século XIX e ainda estão emitindo selos. P.ex.: Brasil, França, Russia, EUA, Japão, etc. O modelo com estojo é simplesmente lindíssimo, e é o ideal.

Eu tenho os três aqui. E a comparação é inevitável: O de 64 páginas é absolutamente luxuoso e fica simplesmente lindo na estante. Acabei optanto por ele.

Agora surge a grande questão:

CLASSIFICADOR, OU VARIO?

VARIO, para quem não conhece, são classificadores da Leuchtturm que possuem as folhas soltas. A capa é como um fichário com 4 anéis, e você compra as folhas individualmente. Há 8 opções com diferentes tamanhos das tiras: com apenas 1 tira até 8 tiras em cada página. Eles são assim (fotografias do site da Leuchtturm):

Vantagem: Em comparação ao classificador, o sistema VARIO facilita muito mais pra reorganizar os selos à medida que novos exemplares são acrescentados na coleção. Também fica mais fácil pra acrescentar cartões-postais, envelopes e etc no meio da coleção, já que há páginas com apenas 1 e 2 bolsos.

Desvantagem: A principal, com certeza é o preço, já que um álbum com 64 páginas de VARIO vai custar muito mais caro que o valor do classificador Leuchtturm Premium 64 páginas com estojo. Em média, a capa com estojo VARIO custa uns R$ 200, e cada página uns R$ 8. Outra desvantagem que vejo é com a capa do modelo VARIO GIGANT, que possui anéis maiores para acomodar mais páginas: As últimas páginas são um tormento para folhear.

Penso que o sistema VARIO seja o ideal para quem coleciona somente uns poucos países ou faça uma coleção temática.

Na minha coleção, optei pelo classificador e o motivo principal não foi o preço. Embora dê mais trabalho para reorganizar do que o VARIO, eu me sinto mais seguro com o classificador, justamente por serem feitos em papel livre de ácido. Possuo classificadores Leuchtturm em minha casa comprados em leilões, que tem mais de 40 anos de uso, e eles continuam como novos. Portanto, são realmente duráveis e confiáveis.

Já o VARIO, é feito em um plástico (acetato) que segundo o fabricante, é inerte aos selos, mas eu fico desconfiado com plásticos em contato com selos e seus efeitos a longuíssimo prazo. Para exemplificar o meu receio, basta mencionar que as barras de fosforescência de alguns selos do Canada dos anos 1970’s são apelidadas de «Migrating Phosphor», ou seja: A fosforescência com o tempo migra do selo para envelopes, acetatos, glassines e polietileno, manchando e estragando os selos e o seu material de suporte.

Como disse, optei pelo Classificador tradicional. E você, qual sua escolha? COMENTE ABAIXO.

28 janeiro 2016

Organizando a coleção: Parte 1 - O uso de ÁLBUNS

Em minhas várias tentativas de se criar um álbum perfeito, estou sempre em busca de encontrar a melhor apresentação para os selos da minha coleção.

Isso inclui a pasta perfeita para os álbuns, o papel de impressão, a encadernação, e até o uso de charneiras ou fitas protetoras (hawid).

A questão é simples: Coleciono selos de todo o mundo, de todas as épocas, e preciso de uma maneira boa, bonita, prática e preferencialmente barata para armazenar a coleção. O álbum não pode ser de má qualidade, para não correr o risco de deteriorar os selos com a famigerada ferrugem (que na verdade é um fungo que consome celulose).

Existem dois tipos de suporte: O Classificador (que pode ser de vários modelos, marcas, cores, tamanhos e diversas qualidades) e o Álbum (que pode ser algo caseiro, impresso por computador ou comprado já pronto). Este último será o objeto deste artigo.

Tudo depende do tipo de coleção que se faz, de como se faz (nuances de cores diferentes de um mesmo selo são importantes ou não pra você? E posições de filigrana? E papéis diferentes na mesma emissão?) e também do catálogo usado para orientar a coleção e, claro, se o filatelista possui mais ou menos tempo disponível. De todo modo, uma excelente apresentação e proteção dos selos é absolutamente fundamental.

Há muitos exemplos de álbuns a venda no mercado, e vale lembrar que alguns produzidos no século XIX e começo do XX estão ainda em bom estado. Há de se lembrar que um álbum de selos deve, em tese, durar décadas, ou ao menos pelo tempo em que o filatelista estiver vivo. Portanto não deve ser feito para depois de 5 ou 10 anos, ficar estragado e ser jogado no lixo.

A única coisa que eu tinha certeza desde o princípio é: Charneiras, jamais. Charneira é burrice. O uso de charneiras em uma coleção de selos foi aceitável até a invenção da fita protetora. Usar charneira nos dias de hoje é jogar dinheiro fora. Nem é preciso dizer que a charneira estraga o selo, desvaloriza a peça, inclusive se for com selos usados e dá uma péssima apresentação à coleção. Além do mais, em minha coleção, eu não diferencio selos usados de selos novos (ambos entram na coleção), e como realizo muitas compras e trocas, pode ser que eu tenha que substituir algum selo (p.ex., com carimbo melhor), e com o selo estando grudado com charneira, faz com que se torne uma tarefa enfadonha.

No entanto, as fitas protetoras aqui no Brasil são um pouco caras...

Então, fiz alguns testes usando ÁLBUNS, e são os que seguem abaixo:

 

1) O álbum «econômico»

No início, comecei fazendo o modo mais econômico possível: As folhas do álbum impressas em papel sulfite 75g/m² (papel de escritório comum A4), encadernadas em espiral plástica em papelaria (cada volume com aproximadamente ~100 páginas). Para mantê-las em pé na estante, usei pastas-elástico.

O custo deste álbum é muito baixo: As 100 folhas custam R$ 4, mais R$ 3 da encadernação e R$ 3 da pasta elástico. Entretanto, o álbum fica muito maleável. A apresentação da coleção fica péssima, totalmente amadora.

Como «fita protetora», usei folhas de transparência para impressão laser (encontrável em papelarias, e com diversas espessuras) cortadas na guilhotina e coladas com cola de isopor.

 

Custo do álbum (sem contar a impressão e as fitas protetoras)
- 100 folhas sulfite 75g/m = R$ 4
- encadernação espiral comum = R$ 3
- pasta elástico = R$ 3
Total R$ 10

Acrescente-se mais o custo das folha de transparência (R$ 50 a caixa com 50 folhas).

 

1 ano depois da montagem, descobri que:

- O álbum fica simplesmente horrível se for encadernado com mais de 100 folhas. Fica muito ruim para virar as páginas quando o mesmo está com muitos selos. Há risco de rasgar alguma página. Portanto 100 folhas é o número máximo para cada volume neste tipo de álbum.

- A cola de isopor usada para colar as transparências perde o efeito com o tempo. As tiras plásticas começam a se soltar com muita facilidade. Muitas vão se soltar sozinhas. É necessário colar novamente e o risco de se perder selos com o tempo é alto. A cola de isopor, por ser transparente, não fica tão evidente, mas ainda assim, fica visível e é impossível fazer com que o rastro de cola fique reto. Ele sempre vai ficar como bolinhas, e isso visualmente fica muito feio.

- As folhas sulfite amarelaram, umas mais, outras menos. É um processo natural de todo e qualquer papel que não seja «acid-free». Esse amarelamento PODE afetar os selos devido as químicas dos diferentes papéis (o da folha do álbum e o do selo).

Conclusão final
NUNCA FAÇA ESTE TIPO DE ÁLBUM. O barato pode sair muito caro. O álbum fica uma porcaria. Não recomendo.

 

 

2) O álbum «razoável»

Consistiu em folhas de papel opaline 180g/m² marca Filipaper. Ainda usando as transparências coladas com cola de isopor. As pasta é um fichário de 4 argolas, marca ACP, tamanho A4. Há vários tamanhos disponíveis de lombadas, e também cores.

Fiz um teste com o fichário na cor branca (com visor transparente e 7,5 cm de lombada, cabem 180 folhas) e outro com a cor preta (sem visor, 4cm de lombada, cabem 100 folhas, não fotografado).

Não gosto das pastas-catálogo comuns (com parafusos ou colchetes) porque fica difícil colocar algum tipo de etiqueta de identificação do álbum na lombada e porque elas dificilmente aceitam mais sacos plásticos.

Também fiz o teste furando as folhas com um furador de papel de 4 furos, para economizar no uso dos sacos plásticos (que são muito caros).

Custo do álbum (sem contar a impressão e as fitas protetoras)
- 50 folhas opaline 180g/m² = R$ 11 (foram usadas 100 folhas, portanto, R$ 22)
- Pacote com 50 sacos plásticos marca YES = R$ 25
- Fichário: Cor preta sem visor transparente = R$ 10, e branco, com visor na lombada = R$ 20

TOTAIS:
- Fichário preto, sem sacos plásticos (folhas furadas) = R$ 32
- Fichário branco, com sacos plásticos = R$ 67



1 ano depois da montagem, descobri que:

- No caso das folhas furadas, estas tendem com o tempo a rasgarem exatamente onde estão os furos, principalmente nas 2 ou 3 primeiras páginas do álbum. (isso é especialmente péssimo, pois geralmente estas são as páginas das primeiras emissões dos países, ou seja: selos geralmente caros...).

- Usando sacos plásticos: Sempre da marca YES, com uma espécie de «tarja» branca. (os outros sacos comuns e mais baratos são de PVC – péssimo material – e tendem a MOFAR ou AMARELAR com o tempo e não preciso sequer comentar a relação entre selos e mofo, certo?) Fica muito, infinitamente melhor do que furar as folhas, mas também muito mais caro. Como o papel é espesso (180 gramas/m²), e cada saco vão 2 folhas (frente e verso), cada saco plástico fica numa espessura muito boa para um álbum. Além disso, algumas transparências se soltaram (mesmo problema no álbum «econômico»), mas os selos ficaram dentro dos sacos plásticos (risco menor de perda). Não notei nenhuma alteração física nos sacos em si, e após 1 ano, continuam como novos.

- Não houve nenhuma alteração física ou de cor nas folhas de papel opaline (são acid-free). Não amarelaram, continuam como novas.

- O fichário em si: É uma espécie de papelão revestido de plástico (pvc?). Como o álbum fica pesado, a tendência é que as dobradiças do fichário comecem a se rasgar, expondo o papelão interno. A argola é de algum tipo de metal niquelado made in china bem vagabundo que começa a oxidar com o passar dos anos. Nenhuma alteração de cor no fichário preto. O fichário branco ficou um pouco amarelado com o tempo e manuseio e o visor plástico tende a enrugar e amarelar.

Logo:

- O papel tem a espessura correta.

- As folhas do álbum em sacos plásticos ficam infinitamente melhores do que furando e colocando direto no fichário. (mas aumenta bastante o custo).

- O problema é a falta de qualidade do fichário e as transparências usadas como «fitas protetoras».

Conclusão final:
O melhor modo deste modelo seria o fichário com visor, mas na cor preta, e a lombada de 4cm (maior que isso, e o fichário começa a rasgar com o tempo). Usar sacos plásticos, jamais furar as folhas. E não usar mais as transparências coladas com cola de isopor (se soltam com o tempo). Portanto, O álbum em si não fica tão ruim a princípio, mas não vai ficar bom com o passar do tempo. Não recomendo, devido às várias restrições.

 

 

3) O álbum «Ideal»

Fichário A4 plástico reciclado marca DAC ref. 657 DS. Sacos plásticos A4 marca YES. Papel A4 Telado 180g/m² cor creme, marca Filipaper.

Desta vez o fichário é de um plástico bem duro. Este modelo específico possui uma vantagem em relação aos demais: O tamanho da capa faz com que não fique uma bordinha de sacos plásticos pra fora do fichário. A lombada é de 4cm, e cabem 50 sacos plásticos nele (100 folhas frente e verso). Possui um visor (embora pequeno). A capa é sempre preta, mas o visor pode ser encontrado nas cores azul, vermelho, amarelo e cinza. Estou usando as 4 cores (fica bom pra diferenciar países diferentes).

Mudei a cor e modelo do papel, embora tenha mantido a espessura (180g/m²).

Passei a usar as fitas protetoras filatélicas (estou usando o nacional, maximaphil, de fundo preto).

Custo do álbum:
- Caixa contendo 50 folhas 180g/m² telado, cor creme, Filipaper = R$ 15
(2 caixas para cada álbum, logo são = R$ 30.
- Pacote com 50 sacos plásticos marca YES = R$ 25
- Fichário DAC ref. 657 DS = R$ 16

TOTAL R$ 71

Ou seja, quase o mesmo custo do fichário branco com visor. Com menos capacidade que este, mas com qualidade muito superior e melhor apresentação física.

Fiz no computador usando Adobe Ilustrator o texto e a arte a ser inserida no visor:

1 ano depois da montagem, descobri que:

- Não houve nenhuma alteração no álbum em si. Continua como novo, mesmo sendo bastante manuseado. Não rasgou nem quebrou. As argolas não oxidaram (qualidade melhor que o ching-ling niquelado do álbum anterior).

Conclusão final:

Ao meu ver, ficou muito bom. A apresentação física deste álbum é excelente. Vários fichários, um ao lado do outro, ficaram visualmente legais também. É o modelo que eu recomendo.

Vi um cara na internet usando o mesmo papel que eu (filipaper telado 180), mas na cor cinza, e com fita protetora transparente. Também ficou muito bom. A fita protetora transparente tem a vantagem de não precisar ser cortada com precisão tão milimétrica quanto as de fundo preto, pois sendo transparentes, eventuais imprecisões no corte ficam praticamente imperceptíveis. Porém eu prefiro usar a de fundo preto por achar que destacam mais os selos e também os picotes (gosto pessoal).

O único problema que notei é a falta de um estojo protetor, mas simplesmente não existe nenhum fichário ou pasta com estojo protetor a venda em papelarias nesta colônia tupiniquim de quinto mundo que chamam de “Brasil”. (Pesquisei até a exaustão, e não encontrei nenhum, exceto os fichários escolares, para crianças, com desenhos de bichinhos e personagens coloridos na capa, e com zíper e alça para transporte). Na civilização (Europa/Estados Unidos/Canadá/Japão) há vários modelos de fichários com estojo disponíveis, por uma fração dos preços cobrados por aqui pelo modelo sem estojo. (Os americanos costumam usar os fichários da marca Staples para suas coleções).

Todos os álbuns acima foram feitos utilizando os arquivos .pdf para álbuns disponíveis no site do sr. Steiner, dos Estados Unidos ( http://www.stampalbums.com/ ). As folhas estão na sequência do Catálogo americano Scott.

E você, como tem acondicionado a sua coleção? COMENTE ABAIXO.