Existe um fator a ser considerado: Os filatelistas, as Casas Filatélicas e comerciantes em geral organizam sua coleção ou vendem seus produtos filatélicos catalogados de acordo com um dos catálogos nacionais ou internacionais mais utilizados, à saber: Para selos do Brasil, usam o Catálogo RHM, e pros estrangeiros, usam principalmente o Catálogo Yvert et Tellier, além do Catálogo Michel, e esporadicamente, o catálogo Scott. O mesmo selo irá possuir numerações diferentes nesses catálogos, e além do mais, alguns desses catálogos podem listar variedades que não constam em outros (p.ex., filigranas invertidas, nuances de cor, denteações diferentes, etc).
O ponto pacífico e (quase) sempre comum entre todos os catálogos é o ANO DE EMISSÃO das peças.
Portanto, é com base no ANO DE EMISSÃO que eu organizo a minha coleção, e não pela numeração de determinado catálogo.
O Catálogo MICHEL é em minha opinião o mais completo e mais preciso, além do que o mesmo dá destaque, em suas páginas, aos anos de emissão. Portanto sempre o utilizo como base primária pra catalogação, porém sempre de olho nos outros catálogos, especialmente pros selos regulares.
Como organizar desta forma? Muito simples: Utilizando etiquetas indicando apenas isso: o ANO DE EMISSÃO.
Para emissões que possuem variedades dentro de um mesmo ano, insiro pequenas etiquetas na qual anoto de forma manuscrita qual a variedade.
Como são as etiquetas: Em dois tamanhos:
1 – Etiqueta de ANO: Tamanho 2,3cm x 0,7cm.
2 – Etiqueta de VARIEDADE: Tamanho 2,3cm x 0,3cm.
Segue abaixo o meu método:
Papel Canson Acid-Free (Livre de Ácido) tamanho A4.
Existe em várias cores. Opto pelo colorido ao invés do branco.
Gosto da cor laranja cenoura.
Com a guilhotina refiladora, corto tiras com 2,3cm de altura.
Esta é a altura dos bolsinhos dos classificadores.
Uma tira já cortada.
Corto algumas tiras em 0,7cm, fazendo assim as etiquetas grandes onde anoto o ANO DE EMISSÃO, e outras em 0,3cm onde anoto as VARIEDADES.
Tamanho das etiquetas em comparação com um selo húngaro bastante abundante nas coleções.
Outro dia, passeando em uma livraria, encontrei esta caixinha em forma de livro, cuja capa ilustra um selo postal francês. Comprei imediatamente, e a utilizo para guardar o stock de etiquetas.
Guardo as etiquetas misturadas mesmo, junto à pinça e a lapiseira que utilizo para fazer as anotações. Um ponto importante: NÃO USAR CANETA, muito menos tinteiro. Se houver alguma umidade, a tinta poderá sangrar e manchar os selos. Use sempre LÁPIS ou LAPISEIRA!
Exemplo de utilização em selos da Dinamarca:
Na segunda linha, nos selos do Rei Frederik IX. Há dois selos vermelhos de valor facial de 35 ore, no entanto um foi emitido com papel normal e outro em papel fluorescente. Anotei em alemão «Normales Papier» e «Fluor».
Exemplo de utilização na coleção da Suiça:
Veja a terceira linha, emissões do ano de 1924 «Wappenschild», (Brasão), que existe em três papéis diferentes: «Normales Papier», ou papel normal, «Gestrichenes Papier», ou papel revestido com gesso, e «Gestrichenes Grill», papel revestido com um “Grill” impresso à seco em alto relevo na goma.
E aqui, finalmente, o exemplo de como NÃO fazer as coisas: Nestes selos da Irlanda disponíveis a venda em uma casa filatélica, foi utilizado um principio parecido, porém deixando espaços para os selos faltantes, e inserindo pequenas etiquetas com a numeração do catálogo. Um bom método, inclusive, excelente para quem coleciona poucos países.
Porém, na filatelia, assim como tudo na vida, o barato sempre sai caro. Foram utilizadas etiquetas recortadas de papel sulfite comum (vulgo papel Chamex de escritório), que NÃO É livre de ácido, e o resultado, após algum tempo, salta aos olhos: ABUNDANTE FERRUGEM, estragando o papel e os bolsinhos plásticos dos classificadores, e contaminando os selos. Não use papel comum, use papel livre de ácido!
Toda a minha coleção está assim organizada, em classificadores, e com estas pequenas etiquetas. Com o tempo estou inserindo fitas protetoras nos selos, especialmente nos que são novos com goma, evitando assim ao máximo ao aparecimento da ferrugem.
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Uma ótima ideia... Vou agregar em minha pequena coleção!
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