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21 setembro 2016

[ANGOLA] Emissão «Coroa»: Falsificações de Spiro

 


      
ANGOLA, EMISSÃO COROA
O selo à esquerda é o original, Michel #1.
O selo do meio é uma falsificação de Spiro (tipo 1) e o da direita outra falsificação de Spiro (tipo 2).

 

DISTINGUINDO CARACTERÍSTICAS DA FALSIFICAÇÃO:

1) A letra «G» em «ANGOLA» possui uma forma diferente do original.

2) A barra horizontal sobre o valor facial não toca no quadro à direita (tipo 1). Em impressões tardias, não toca nenhum dos lados (tipo 2). No original, toca ambos os quadros, veja imagem abaixo.

3) A palavra «REIS» começa no centro do selo. Nos falsos, começa à esquerda do centro para os valores menores que 100 Réis.

4) A Coroa é muito menos detalhada e não possui a decoração central de pérolas.

Todos os valores até 100 Réis foram falsificados. Geralmente eles possuem o característico carimbo de Spiro, como ilustrado pelo selo central acima. Cópias tardias mostram ainda menos detalhes. A maioria das sombras laterais da palavra «ANGOLA» desapareceram e a barra horizontal sobre o valor facial não toca o quadro em ambos os lados (veja a imagem abaixo, tipo 2). Valor 5 Réis ilustrado acima à direita.

 

    
À esquerda: O selo genuíno.
No centro: Falsificação de Spiro tipo 1: A barra horizontal sobre o valor facial não toca no quadro à direita.
À direita: Falsificação de Spiro tipo 2: Impressão tardia, a barra não toca nenhum dos lados.

 

ORIGEM: A empresa litográfica Gebruder Spiro (Irmãos Spiro) em Hamburgo, Alemanha, já estava produzindo reproduções (de má qualidade) de selos por volta de 1864 e por isso deve ter sido um dos primeiros a imprimir selos falsos da emissão «Coroa» de Angola de 1870. Foram produzidos fac-símiles de várias centenas de selos de todo o mundo até por volta de 1880 e durante algum tempo inclusive publicou catálogos e uma revista filatélica para anunciá-los. Estas reproduções de má qualidade foram editadas pela firma alemã dos Irmãos Spiro nos anos 1870, possivelmente enquanto os selos originais AINDA estavam em circulação. No entanto, a procura caiu, e a produção foi encerrada por volta de 1880.

 

BIBLIOGRAFIA:

Davies, D.J. «Forgeries of Portugal and Colonies»

Tyler, Varro E. «Philatelic Forgers- Their Lives and Works»

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