Translate

19 setembro 2016

[ANGOLA] As Emissões Clássicas

Antiga Colônia Portuguesa na África Ocidental desde o século XV, Angola torna-se independente em 1975. Possui fronteiras com o Congo Democrático, Zâmbia, Namíbia, e o Oceano Atlântico. Inclui ainda o enclave de Cabinda. Sua capital é a cidade de Luanda.

O primeiro europeu a chegar a Angola foi o explorador português Diogo Cão. Possui recursos naturais consideráveis, entre eles o petróleo e os diamantes. O nome Angola é uma derivação portuguesa do termo bantu «N’gola», título dos reis do Reino do Ndongo existente na altura em que os portugueses se estabeleceram em Luanda, no século XVI.

 

   

Angola utiliza selos Portugueses até o surgimento dos primeiros selos próprios para a colônia, em 1870. A primeira série de selos Angolanos mostra a Coroa do Reino de Portugal e é composta por 9 valores:


   
1870 – Michel # 1 e 3


Estes selos possuem inúmeras reimpressões e falsificações, e o filatelista deve ficar atento. Dentre as falsificações mais perigosas, estão as realizadas por Speratti e por Spiro. No entanto, são facilmente distinguíveis dos originais, especialmente pelo desenho da coroa, que é algo diferente, e pela letra «G» de «Angola». (Farei um artigo sobre isto em breve).

Devido as falsificações da época, uma nova série «Coroa» composta por 5 selos foi emitida em 1881-85, com novas cores:


1881-85 – MiNr 10 a 14


Em 1886 surge a série mostrando a efígie em alto-relevo do Rei Luiz, com denteação 12½. Os valores de 5, 20 e 100R foram reimpressos posteriormente, para fins filatélicos, com denteação 13½.



1886 – MiNr 15 a 23

 

Em 1893-94 e 1898-1903 surgem os selos com a efígie do Rei Carlos.


Tanto as emissões do Rei Luiz quanto as do Rei Carlos foram sobretaxadas diversas vezes, seja adicionando um novo valor, seja adicionando a inscrição «REPÚBLICA» por conta da queda da Monarquia Portuguesa. Os anos de 1910 são filatelicamente complexos, devido a enorme sequência de emissões com sobrecargas aplicadas nos estoques remanescentes de selos.

Em 1914-26 surgem as primeiras emissões com a deusa Ceres. Estes selos foram impressos em diferentes tipos de papéis, nos quais destacam-se o papel porcelana (chalky paper no Catálogo SCOTT, gestrichenes papier no Catálogo MICHEL), que é um papel couché branco gessado de alta qualidade, e o papel ordinário. Possuem ainda denteações diferentes, entre o 12×11½ e o 15×14.

 

1914-21 – Ceres – Alguns exemplares da série MiNr 142 a 157

 

Os selos Ceres também seriam sobrecarregados com novos valores. Em 1932 surge um desenho novo para os selos Ceres, os quais também receberiam mais tarde sobrecargas com novos valores:

1932 – Ceres – MiNr 233 a 251

 

E em 1938 surge uma série comemorativa à primeira viagem presidencial às colônias:


1938 – MiNr 263 a 265

As emissões de Angola até 1940 possuem uma característica em comum: Suas séries completas são caras, tanto novas quanto usadas, e difíceis de se encontrar à venda, seja em casas filatélicas ou leilões.

É possível encontrar muitos dos selos isolados em kilowares e pacotes, especialmente os de valor facial mais baixo. Entretanto, os ultimos selos de cada série são dificílimos e caríssimos. Há ainda a dificuldade de se obter peças que são reimpressões sendo vendidas como as originais, peças com sobrecargas falsas, etc. Para as séries completas, é altamente recomendado que venham acompanhadas de certificado de expertização.

Deixe o seu comentário!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários deste blog são publicados com moderação prévia e são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Há liberdade de expressão, no entanto reservo-me ao direito de não aprovar os comentários que não cumpram com o objetivo do blog (propagandas, spam, etc). Não será aceite comentário algum que não se faça acompanhar com o nome do comentador. ("Unknown" não é nome pessoal).

Reservo-me também o direito de proceder judicialmente ou de fornecer às autoridades informações que permitam a identificação de quem use as caixas de comentários para cometer ou incentivar atos considerados criminosos pela Lei, e isto inclui injúria, calúnia, difamação, apelo a violência, apologia ao crime ou quaisquer outros.